quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sentido para a Vida

“A procura de sentido para a vida ou vontade de significado é uma variável cognitivo-afectivo-motivacional muito importante para a qualidade de vida psicológica” (Oliveira, 2008), pelo que a ausência de tal procura, verifica-se também a ausência de vida sem sentido.
“(…) Victor Frankl quem mais desenvolveu este tópico (search for meaning), talvez por ter vivido três anos no campo de concentração de Auschwitz mais se convencendo que, mesmo em circunstâncias absolutamente trágicas e em situações limite entre a vida e a morte, não se deve perder o sentido da vida” (Oliveira, 2008).
Quantas vezes é que nos desorientamos na vida, mas não perdemos o sentido da mesma?
A vida impõe-nos condicionantes no nosso dia-a-dia que nos interpelam de porquês: “o porquê a mim e não a outro” mas, o facto é que quando nos sabemos levantar e valorizar uma pedra no nosso caminho como fonte de recomeço e reconquista, conseguimos guardar o sentido da nossa busca existencial.
“É nessa busca e encontro de sentido que Frankl funda a sua logoterapia, introduzindo na psicologia e na psicoterapia a dimensão espiritual” (Oliveira, 2008). Deste modo, “a logoterapia surge como uma re-humanização da psicoterapia que deve contar outros sim com a capacidade de autodistanciamento e de autotranscendência da pessoa humana” (Frankl, citado em Oliveira, 2008).
A necessidade que há de procurar sentido para a nossa vida identifica-se com o nosso desenvolvimento, enquanto pessoas, pois sem motivação pela busca do sentido que nos move, não se constrói, destrói e reconstrói nada.
Conclui-se que “a busca de sentido existencial relaciona-se particularmente com a religião e a espiritualidade, pois a maior parte das pessoas, designadamente os idosos, aí procuram respostas para as perguntas mais cruciais” (Seifert, citado em Oliveira, 2008), sendo que “quando estamos em contacto com o Espírito, nunca mais nos sentimos isolados” (Hennezel, 2011).
Normalmente, as pessoas cedem a sua fé gerando uma espécie de comunhão com o transcendente, de forma a reconquistar forças que os fazem navegar nesta passagem de mar alto, conferindo sentido para a sua vida e força de existência.




Um mimo a cada uma de vós: Deixa que a vida te guie, mas não deixes que os problemas te destruam. Sorri por viver. Quando tiveres um problema pensa que há alguém pior do que tu. Que a paz te invada e te faça sonhar com o impossível para poderes alcançar o atingível. Que consigas sempre que a tua vida tenha sentido para preencher os caminhos sombrios que muitas vezes interpelam o nosso dia-a-dia.


Maria Luísa Teves, nº 10
3º Gs


Referências Bibliográficas
Oliveira, B. (2008). Psicologia do idoso: temas complementares. Porto: Livpsic
Hennezel, M. (2011). Coração não envelhece (1.ª ed.). Portugal: Casa das Letras

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