quarta-feira, 20 de abril de 2011

Poderes inexplicados da mente e do corpo - 1ª Parte

Há casos de pessoas que afirmam ter sido curadas pelo poder da mente, casos em que houve uma remissão espontânea da doença e atribuem a sua recuperação ou cura a poderes que o organismo possui.
Na realidade parece que o organismo possui recursos que o permitem manter saudável ou recuperar de uma doença. Pois há situações em que a pessoa recupera de uma doença sem a intervenção da medicina e nesses casos é impossível ignorar a influência de uma cura psíquica. Mas poder-se-á atribuir de facto a cura a essas capacidades ou faculdades do organismo?
Tem havido casos em que através da hipnose, imposição de mãos e outros meios que influenciam a mente, terem um papel decisivo no desenvolvimento de forças regeneradoras no organismo.
Tem se verificado situações em que alguns tipos de Cancro são debelados, isto porque a pessoa tinha fé na sua possível recuperação e tinha uma grande vontade de viver, sendo estes factores decisivos na sua recuperação.
Estes dois estados psicológicos positivos (fé e vontade) são considerados como preciosos aliados no combate a doenças e males do organismo.
Mas também, há quem defenda que a cura sem intervenção clínica se deve à força da vida (energia) que percorre todo o nosso corpo, ideia defendida em várias culturas, como no antigo Egipto onde era chamada de Ka, para os Hindus era conhecida como Prana ou na China onde é conhecida por T’chi.
A história da cura reflecte de certo modo a luta entre o exótico e o pragmático.
Na Europa, desde aproximadamente do século XI até ao século XIX, acreditava-se que os reis e rainhas tinham o poder de curar a doença pela imposição das mãos.
No entanto, essa primitiva cura paranormal não estava confinada à realeza. Os monarcas da Europa tinham pelo menos um importante rival em Valentine Greatrakes, um homem do povo conhecido como o Passista Irlandês. Nascido em 1629, Greatrakes convenceu-se aos 33 anos que possuía o toque real.
Observadores modernos estudaram os métodos de Greatrakes, bem como os de Franz Anton Mesmer, cuja teoria do magnetismo animal iria inflamar a Europa um século mais tarde, formulando a sua teoria, segundo a qual todos os objectos do Universo, incluindo o corpo humano, eram percorridos por um fluxo invisível de corrente magnética.
Segundo Mesmer (1785), a saúde dependia da harmonia entre o “fluido” no interior e exterior do corpo, que de certa forma representava para ele um alinhamento da força vital de um indivíduo com o universal. Para ele, esta substância (energia) podia ser manipulada através de ímanes; chegando a uma importante conclusão para o seu estudo, que o sucesso que as pessoas obtinham nas curas não era devido a imanes, mas aos seus poderes de sugestão mental. Mesmer estava de facto a influenciar estados de espírito e emoções, pois afirmava que a passagem do fluido através do corpo de um doente obedecia às suas directivas; conseguindo efectivamente que alguns recuperassem a saúde.
Os métodos de Mesmer, indolores e sedativos, produziam resultados quase imediatos.
Embora o termo “Mesmerizar” tenha acabado por significar “dominar outra pessoa” e tenha sido usado frequentemente como sinónimo de hipnotizar, não há qualquer prova que os doentes de Mesmer fossem colocados em transe e é certo que não eram hipnotizados. O que Mesmer parece ter feito, com muita atenção e delicadeza, foi persuadir os seus doentes a abandonarem os seus procedimentos e através disso curarem-se a si próprios. Os “ímanes” utilizados por Mesmer, música suave e afagos eram de certa forma os equivalentes do século XVIII às técnicas de curas actualmente usadas por alguns terapeutas.



Postado por : Ana Paula Sousa

 

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