sexta-feira, 24 de junho de 2011

DESMATERIALIZAÇÃO

Desaparecimento integral ou parcial do corpo físico de um médium ou de objectos físicos sólidos durante uma sessão, a desmaterialização é também o reverso da materialização, ou o aparecimento de apports – objectos que surgem durante uma sessão, aparentemente vindos de lado nenhum. A literatura espírita está repleta de relatos de desmaterializações espectaculares, sob cuja designação se incluem também esses famosos “encolhimentos” de médiuns, como os de Eusapia Palladino.
O Dr. P. Bribier, que testemunhou um deste incidentes, forneceu do mesmo um relato típico: “Lucie desapareceu gradualmente…”, escreveu o médico, “em dois segundos… tal como aparecera… em frente das cortinas ao lado das quais eu me encontrava. As cortinas não se mexeram… No preciso momento em que o último branco desaparecia do tapete no local onde a figura estivera, inclinei-me e pousei a minha mão sobre ele, mas não senti nada.”
Porém, a mais maravilhosa desmaterialização de que há registo foi talvez a experimentada por uma tal Mme. d’Esperance, um médium que se desmaterializou totalmente consciente na presença de testemunhas que confirmaram os acontecimentos, de outro modo inacreditáveis. O alegado episódio teve lugar em Helsingfors, Finlândia, a 11 de Dezembro de 1895. Durante cerca de quinze minutos, a parte inferior do corpo de Mme. d’Esperance pura e simplesmente desapareceu, ficando a sua saia caída na cadeira como se nada existisse sob ela. “Relaxei os músculos e deixei cair as mãos no colo”, recordou o médium, “e descobri que, em vez de estarem assentes nos meus joelhos, elas pousavam na cadeira em que eu estava sentada. Esta descoberta perturbou-me imenso, e perguntei a mim mesma se estaria a sonhar. Apalpei cuidadosamente a minha saia, toda ela, tentando localizar os meus membros e a metade inferior do meu corpo… tudo… tinha desaparecido completamente… No entanto, sentia-me como habitualmente – até melhor do que habitualmente… Quando me inclinei para a frente para verificar se os meus pés estavam no seu lugar, quase me desequilibrei, o que me assustou bastante… Estendi a mão e peguei na do Prof. Seilings, pedindo-lhe que me dissesse se estava realmente sentada na cadeira. Esperei angustiadamente a sua resposta, em perfeito suspense. Senti a sua mão como se ela tocasse os meus joelhos, mas ele disse: “Não está nada aqui a não ser a sua saia.”


Postado por: Ana Paula Sousa

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