domingo, 29 de maio de 2011

Psicoterapia Transpessoal

A psicoterapia transpessoal centra-se na evolução da consciência e na transcendência da personalidade, bem como da história pessoal do individuo.
Deste modo existem seis princípios que orientam a teoria por que se rege a psicoterapia.
                Segundo Cortight ( 1997) o primeiro principio é “qualquer trabalho psicoterapêutico é um processo de amadurecimento espiritual”, isto quer dizer que todo o ser humano tem uma identidade espiritual, contudo essa identidade permanece na maioria das vezes oculta. Assim a psicoterapia irá proporcionar momentos que ajude a descobrir essa identidade, pois o ego, a personalidade, o self e os papéis representados ao longo da vida condicionaram a percepção da realidade e o sentido da vida. “Todas as partes do seu self (…) passam na psicoterapia transpessoal, por um processo de identificação, desidentificação e transcendência” (Keutzer, 1984).
O segundo princípio é “o espectro da consciência como nuclear para esta psicoterapia”, de acordo com Hammer (1974) “para ocorrer a integração da consciência, ela deve estar permeável a todos os acontecimentos que emergem no seu campo experiencial, sem rejeitar as vivências que entram em contradição com as suas próprias referências”.
O terceiro principio é “esta psicoterapioa como um processo multidimensional e expeirencial”, ou seja, para Wilber (2000) “na cosnciência existe sempre um horizonte que sustemj e interliga todas as auto-referencias, pensamentos, emoções, vivências ou modelos pessoais do mundo, uma especie de “testemunha silenciosa” de nós mesmos à qual precisamos de recorrer”
O quarto principio é “a relação terapêutica vai-se centrar na sabedoria do coração” , ou seja, não se trata de um jogo onde cada um tenta demostrar a sua inteligência mas sim uma relação de amor e compaixão onde é fundamental reconhecer as mudanças que ocorrem em ambos os intervenientes.
Assim se segue o quinto principio “a psicoterapia transpessoal é profundamente optimista e centrada na esperança”, uma vez que acredita num inteligência cósmica que irá no meio das tristezas e tragédias trazer um nascimento de um ser mais espirituoso, aberto, sereno e compassivo.
Por fim o último princípio é “a perspectiva transpessoal da transformação psicoespiritual vai estender-se rumo ao reino da realidade última do Ser.” Isto quer dizer que no fim o individuo terá uma consciência alargada da realidade do todo.

Bibliografia

Cortight. (1997). Psychotherapy and spirit - Theory and practice in transpessonal psychotherapy. In J. Fonseca, Hologramas da Consciência (pp. 48-50). Lisboa: edições ispa.
Fonseca, J. d. (2000). Hologramas da Consciência. Lisboa: edições ispa.
Hammer. (1974). the essence of personal and transpersonal psychotherapy. Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 11(3), 46-54. In J. Fonseca, Hologramas da Consciência (p. 49). Lisboa: edições ispa.
Keutzer. (1984). Transpersonal psychoterapy: Reflections on the genre. Professional Psychology: research and pratice, 15(6), 868-883. In J. Fonseca, Hologramas da Consciência (p. 49). Lisboa: edições ispa.
Wilber. (2000). Integral psychology: Consciosness, spirit, psychology, terapy. In J. Fonseca, Hologramas da Consciência (p. 49). Lisboa: edições ispa.

Elaborado por: Mª Inês Santos

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