quarta-feira, 11 de maio de 2011

AMOR E AFECTO NA 3ª IDADE

     Amor e afecto são ideais a ter em conta quando se fala de relações humanas. Se não existirem estes dois sentimentos quando se interage com outra pessoa, então o relacionamento torna-se seco, amargo e sem harmonia.
A grande falta de auto-estima que existe nas pessoas (principalmente nos mais velhos) deve-se precisamente à escassez de relacionamentos com amor e afecto, o que leva a depressões, apatia, isolamento e falta de motivação para a realização mesmo das tarefas mais simples (por exemplo: cozinhar, fazer higiene pessoal, entre outras). Essa questão alia-se à dificuldade de relacionamento e a barreiras impostas pelas falhas de comunicação.
Unindo-se a essa questão, encontra-se a afectividade não expressa devido à introspecção, provavelmente desencadeada pelo meio cultural a que está e/ou esteve inserido. Esses problemas de cunho afectivo decorrem de ajustes de personalidade ou afectividade mal resolvidos durante toda a vida, que se agravam no limiar da idade mais avançada.
O idoso precisa de ser agraciado por uma reeducação que lhe permita um amadurecimento saudável. Segundo Néri, trata-se de preparar e de oferecer meios à pessoa para que possa envelhecer bem, cuidando não apenas dos aspectos físico, social e económico, mas também das questões da vida interior (NÉRI, 2001).
Na terceira idade as relações interpessoais tendem a diminuir bastante, com o idoso a distanciar-se ainda mais da realidade. É fundamental que essas relações sejam incitadas e cultivadas, mas que sejam pautadas pela afectividade.
É necessário fazer entender aos mais velhos que eles devem perceber, aceitar e aprender a conviver com a manifestação das suas emoções, entendendo os seus limites e reciclando os seus hábitos para poderem criar novos projectos e perspectivas de vida, já que é basicamente a afectividade que nos torna vivos e passíveis de enfrentar novos desafios. Vivemos numa sociedade que ambiciona exacerbadamente o lucro, dessa forma os contactos pessoais acabam por perder significado. Essa ideologia faz com que as manifestações de amor e carinho se tornem raras.
O contacto físico é a maneira mais efectiva de demonstrar intenções positivas, pois refere-se directamente ao coração. Conforme Davis (1991) salienta, o contacto físico constitui-se muito além de estímulos agradáveis, uma vez que é uma necessidade biológica.
Se o poder atribuído ao toque é revitalizante e favorável ao desenvolvimento das funções biológicas e emocionais, há que se perder o pudor demasiadamente considerado e usar, de forma harmoniosa, o poder que mãos e braços oferecem à saúde (quão saudável e "milagroso" é o poder do abraço…).
Ao tratar-se da terceira idade, quando há um discernimento mais apurado no que se refere a manifestações de carinho, deve-se promover actividades que primem pela valorização dessas manifestações, tratando primeiramente das relações de autoconhecimento e auto-aceitação e, posteriormente, de relações de respeito e ajuda ao próximo por meio do amor e do carinho corporal.
Concluindo, todos nós procuramos um amor independente sendo homem ou mulher, novo ou velho, esse sentimento é preciso nas nossas vidas!
Amamos e somos amados desde os primeiros instantes das nossas vidas, por isso, morremos a amar, ainda que possamos não ser amados.
Nunca é tarde para se amar já que esse sentimento é tão importante, e o amor acontece também para os da terceira idade.
Muitos idosos encontram-se sozinhos e, por isso, procuram um parceiro para que se possa preencher o vazio que sentem nas suas vidas, tendo alguém ao seu lado para poder compartilhar o seu dia-a-dia.
Nada é mais importante nas nossas vidas do que o amor.


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Publicado por: Cátia Simões, 3º GS

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